
De nacionalidade francesa, Sabine Champredonde viveu grande parte da sua adolescência em Barcelona. Foi lá que ela descobriu o universo tão particular do arquiteto Gaudi cujas curvas e as associações de materiais marcaram o seu imaginário. Esta fonte de inspiração ao inconformismo louco revê-se no seu trabalho.
Em 1989, o seu percurso pessoal leva-a à beira Tejo e a calçada portuguesa acaba por entrar, para esta artista, em ressonância com as volutas do arquiteto catalão. Durante a sua carreira de professora primária, ela ressente um prazer particular em sensibilizar os mais novos às riquezas da pintura e da escultura orientando-os para projetos concretos e criativos; no entanto, ser-lhe-á necessário ultrapassar um problema de saúde antes de se entregar por inteiro à criação artística que ela abordará, num primeiro tempo, através de painéis. De seguida, foi-se apropriando progressivamente, e de forma autodidata, dos materiais como o vidro e o aço que a levaram à terceira dimensão e à escultura, tornando-se, assim, numa artista plástica. Um mestrado em Veneza completou os seus conhecimentos em pasta de vidro e no domínio das técnicas.
Em 2013 uma exposição coletiva de artistas à volta do tema da comunicação, na Fábrica do Braço de Prata, far-lhe-á nascer a ideia da conversadeira que intitulará “Conversa À Portuguesa”. Fascinada pelas curvas do padrão “Mar Largo” da Praça do Rossio, Sabine Champredonde retomará as proporções exatas deste símbolo português para criar um mobiliário propício à comunicação. Estas calçadas fazem o charme de Lisboa, subimo-las, descemo-las, passeamos nelas, por vezes escorregamos…Então, por que não sentarmo-nos nelas para falarmos, trocarmos ideias, conversarmos…
Sabine sente-se plenamente realizada enquanto escultora com as “Meninas”, essas jovens mulheres que poderíamos cruzar nas calçadas do Rossio. Cada uma tem uma expressão própria, o seu carácter e a sua sensibilidade e cada uma esta associada a um lugar da cidade com um padrão de Calçada A Portuguesa.
Caracterizam-se pelos cinzas antracita e os brancos acinzentados que fazem sobressair assim o vermelho da sua boca e da sua paixão.

De nationalité française, Sabine Champredonde a vécu la majeure partie de son adolescence à Barcelone. C’est là qu’elle a découvert l’univers si particulier de l’architecte Gaudi dont les courbes et les associations de matériaux ont marqué son imaginaire. Cette source d’inspiration à l’anticonformisme fou se retrouve dans son travail.
En 1989, son parcours personnel l’emmène sur les rives du Tage et la calçada portugaise ne manque pas pour elle d’entrer en résonance avec les volutes de l’architecte catalan. Lors de sa carrière de professeur des écoles, elle goûte un plaisir tout particulier à sensibiliser les plus jeunes enfants aux richesses de la peinture et de la sculpture en les orientant vers des projets concrets et créatifs ; il lui faudra cependant surpasser une épreuve de santé avant d’ oser se tourner définitivement vers la création artistique qu’elle abordera dans un premier temps par l’intermédiaire de panneaux de mosaïques. Par ailleurs c’est l’appropriation progressive et autodidacte de matériaux comme le verre et l’acier qui l’a conduite vers la troisième dimension et la sculpture, faisant ainsi d’elle une plasticienne. Un master à Venise parachèvera sa connaissance de la pâte de verre et sa maîtrise des techniques.
En 2015 une exposition d’un collectif d’artistes autour du thème de la communication à « la fabrica do Braço da prata » fera naître l’idée de la causeuse qu’ elle intitulera ” Conversa A Portuguesa” . Fascinée par les courbes du modèle « mar largo » de la Praça do Rossio, Sabine Champredonde reprendra les proportions exactes de ce symbole portugais pour créer un mobilier propice à la communication. Ces ” calçadas” font le charme de Lisbonne, on les grimpe, on les descend, on y flâne, on y glisse parfois… Alors pourquoi ne pas s’y asseoir pour parler, échanger, converser.
Enfin, Sabine se réalise pleinement en tant que sculptrice avec les “Meninas” ces jeunes femmes que l’on pourrait croiser sur les calçadas do Rossio . Elles ont chacune leur propre expression, leur caractère et leur sensibilité. Elles se caractérisent par des gris anthracite et des blancs grisés qui mettent en valeur le rouge de leur passion.
You must be logged in to post a comment.